Ensino Religioso 18 a 22/09.

7º ano

Crenças Religiosas e Filosofias de Vida (Contemplando as Quatro Matrizes: Indígena, Organizações religiosas, mídias e tecnologias. O impacto dos recursos tecnológicos na organização de práticas religiosas. (PR.EF08ER07.s.7.08) Analisar as formas de uso das mídias e tecnologias pelas diferentes denominações religiosas. 1. Conhecer os aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos religiosos e filosofias de vida, a partir de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos.

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/conexao_professor/2019/live_18_10_ens_religioso_tecnologia.pdf


O uso da tecnologia pela diferentes religiões.


1- Explique com suas palavras exemplos do uso de tecnologia pelas religiões:

2- Como você acha que por exemplo um benzimento pode funcionar à distância?



VÓ BENZEDEIRA

Menina com quebranto? - Reza de acalanto! Ramo de arruda na mão.

E lá vinha a vó benzedeira: feiticeira do sertão.

Curar as dores do corpo, as mágoas do coração.

A mão empunhava as folhas e a coreografia de cruz,

tinha início de repente (de certo invocando Jesus).

Que será que a vó dizia em ritmo meio atonal?

A face cheia de vincos – como um trajeto ancestral...

Guardiã de mil segredos, rugas de tempo e de sol.

Olhava pro firmamento e entoava um só refrão.

Em línguas desconhecidas chamava espíritos bons.

Morgana da terra seca. Deusa grega disfarçada, Princesa de Bagdá!

Senhora de cantorias com influências de além-mar.

Fada, bruxa, rezadeira, índia, africana, mãe-terra

Gaia de todas as eras... Alquimia feminina... Herança que me mantém.

Maria, cheia de graça! Sertão ecoando: amém! 


6º ano

POVOS ORIGINÁRIOS: SABERES CONSTRUÍDOS


Você sabia que há pessoas que se dedicam à defesa dos povos originários, os indígenas?

Orlando Villas Bôas nasceu em Santa Cruz do Rio Pardo/SP em 1914 e foi um explorador, um sertanista, mas sobretudo amigos dos índios e um dos criadores do Parque Nacional do Xingu. Foi considerado um ícone do movimento ecológico e da defesa da cultura e dos direitos dos povos indígenas. Faleceu em 12 de dezembro de 2002.

MITO E MAGIA – ORLANDO VILLAS BÔAS

O índio é, essencialmente, um supersticioso. Suas tradições assentam num mundo mágico, mítico, religioso e, ainda, numa certa aversão à dualidade. Tal noção está sempre presente na concepção mítica desse povo – o bem e o mal, o sol e a lua, as duas metades em que se divide a aldeia (divisão traçada pelo caminho da água) ou filhos gêmeos, geralmente sacrificados, pois, se um representa o bem o outro, o mal, como saber distingui-los?

É fundamental a diferença entre a magia e a realidade mítica do índio. Essa realidade representa sua convicção metafísica, que constitui a base da unidade tribal. É seu mundo ancestral, um universo paralelo em que os heróis culturais – aqueles que os criaram – continuam existindo.

O mito é a síntese de um enredo fantástico que responde às indagações das origens dos seres reais e, sobretudo, dos valores, regras e conhecimentos elementares da criatura. Difere, nesse sentido, da magia, que é a maneira descoberta pelo índio de controlar, aplacar ou manipular as relações entre ele e o mundo universal dos “mamaés” (espíritos temidos pelos poderes maléficos que possuem).

É preciso notar que, embora muitas vezes seja associada ao diabólico e a seus perigos iminentes, a magia estimula o equilíbrio econômico da aldeia. Para realizar os cerimoniais de magia é necessário que se realizem grandes pescarias, que se produzam ornamentos, que reavivem os cânticos e danças, que se capine a área da aldeia, que se varra o pátio.

A magia difere do mito assim como diferem as figuras do mago ou bruxo, o pajé constitui o elo de ligação entre o sobrenatural e a aldeia. Sua intimidade com o mundo espiritual torna-o merecedor do profundo respeito de todos.

A religião é a crença em um mundo eterno onde vão residir as almas dos mortos. Há uma absoluta incomunicabilidade entre esse mundo eterno das almas e o mundo dos vivos.

Fonte: BÔAS, Orlando Villas. A arte dos pajés: impressões sobre o universo espiritual do índio xinguano. São Paulo: Globo, 2000.

Em 2011, comemorou-se 50 anos da criação do Parque Indígena do Xingú, englobando o alto Xingu,formado pelos povos originários: Aweti, Kalapo, Kamaiurá, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nahukuá, Na-ruvotu, Trumai, Wauja e Yawalapiti.

1) Esses povos originários caracterizam-se por uma grande similaridade no seu modo de vida e visão de mundo, mas mantém uma grande variedade linguística. Orlando Villas Bôas (2000) grande conhecedor da região do Xingu nos afirma que o índio é “supersticioso” e “suas tradições assentam num mundo mágico, mítico, religioso”. Em uma palavra, sintetize o significado destes termos para os povos originários:

a) mágico b) místico c) religioso

2- Segundo o texto: o índio é um ser ____________________________. O que é supertição?

3- Dê três exemplos de dualidade:

4- Segundo o texto, o que é religião?

5- O que são mamaés?








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